sábado, 4 de abril de 2009

umas e outras



São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.

Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.

Desamparadas, inocentes,
leves
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.

Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas
nas suas conchas puras?


Eugenio de Andrade

6 comentários:

Unknown disse...

Tic Tac Tic Tac!!!!! :)*******

R de Regina disse...

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isolano disse...

As palavras cristalinas de Eugénio...

E tic...

R de Regina disse...

e abrisa de Isabel
tac :-)

Flavio Valsani disse...

Poesia da boa...
Baci

R de Regina disse...

bêjo :-)