domingo, 19 de setembro de 2010

No povo meu poema vai nascendo


Meu povo e meu poema crescem juntos
como cresce no fruto
a árvore nova

No povo meu poema vai nascendo
como no canavial
nasce verde o açúcar

No povo meu poema está maduro
como o sol
na garganta do futuro

Meu povo em meu poema
se reflete
como a espiga se funde em terra fértil

Ao povo seu poema aqui devolvo
menos como quem canta
do que planta

Ferreira Gullar

3 comentários:

Loca disse...

Bué de lindo.
Gostei muito.
Bêjos
:))

Anônimo disse...

Lindo! bjs

Anônimo disse...

Lindo! bjs