Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...
Mário Quintana
5 comentários:
quando lês que te toque a poesia
és o poeta que lê
que sente
que inventa
transporta
voa
quando lês que sentes a ler
és ressonância de palavras
sons de sentir
cheiros de tinta no papel
cartas de amor
postais ilustrados
imagens
borboletas
quando lês que lês para lá da leitura
a superfície arrepia-se
e é todo o corpo um transe
do corpo poema
poesia
amor
Pedro
Neruda do lado de lá aqui chega e deixa seu sopro.
as palavras são folhas
despudoradas
caem com o Outono
para despir verdades
Luís
Da próxima vez, convide seu Mário para vir junto.
Brindamos com um copo de tinto e ficamos a ouvi-lo.
Ele irá com certeza
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