São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas
nas suas conchas puras?
Eugenio de Andrade
6 comentários:
Tic Tac Tic Tac!!!!! :)*******
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As palavras cristalinas de Eugénio...
E tic...
e abrisa de Isabel
tac :-)
Poesia da boa...
Baci
bêjo :-)
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